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domingo, 26 de maio de 2013

PARA BOM ENTENDEDOR...



(homenagem aos 30 anos da UNEB)
Despertador. Paralela, Engarrafamento. Rodoviária, Águia Branca, Voucher, Passagem, Última chamada, Corrida. Ufa! Ônibus, Olhares, Amigos, Colegas, Desafetos. Estrada, Livro. Estrada, Engarrafamento, ViaBahia. Feira de Santana, Rodoviária, Amigas, Colegas, Desafetos. Estrada Ipirá. Rodoviária, Xixi, Pressa, Buzina, Braguilha. Estrada, Abacaxis, Abacaxis, Abacaxis, Portal da Chapada. Rodoviária, Sr. Davi, Táxi, Carinho, Monte Castelo, Almoço. Campus, Xerox, Água, Rosto, Escova de Dente, Água. Aula, Alunas, Decepção, Aula, Alunos, Explosão. Residência dos Professores, Mesa de Jantar, Cuscuz amarelo, Conversa, Assuntos, Trabalho, Noite. Manhã, Feira, Carne, Legumes, Roupa, Grito: “Mulher que não se ajeita, o marido rejeita”. Extensão, Rodapalavra, MST. Reunião (interminável), Colegiado, Departamento, Conselho. TCC, Semana de Letras, História e Pedagogia, “Entardecer no Campus XIII”. Reconhecimento? De curso. Brigas, Desavença, Política. Aula, aluno, Encantamento. Aula, Aluno, Surpresa. Seminário, Encontro, Congresso, Pesquisa.  Cabeça (cheia, fervilhando)... Exaustão, Fim do expediente, Praça JJ Seabra, Cerveja, Pizzaria (Pierina ou Maravilha), Amigos, Sorrisos, Causos, Gargalhadas. Mala, Táxi, Sr. Davi, Rodoviária, Madrugada, Coluna. Feira de Santana. Amanhecer, Salvador. Casa, Cheiros, Cama, Amor! Leituras, Estudos, Pesquisa, Avaliação, Planejamento. Itinerância! Amor! Ida, Volta, Rua sem saída... Respiração... Ansiedade... Beijo... Despertador. Paralela, Engarrafamento. Rodoviária, Águia Branca, Voucher... SEMPRE NUNCA O MESMO MAIS UMA VEZ!

sexta-feira, 3 de maio de 2013

AS MALUQUICES NOSSAS DE CADA DIA: JARDINS DE SAUDADES!

AS MALUQUICES NOSSAS DE CADA DIA: JARDINS DE SAUDADES!:   No chão, há grama, água, formigas No chão, há mármores, nomes, datas... Datas de chegada e datas de partida. Mas o que há em...

JARDINS DE SAUDADES!


 
No chão, há grama, água, formigas
No chão, há mármores, nomes, datas...
Datas de chegada e datas de partida.

Mas o que há em mim?
O que ali fui buscar?
Buscar o quê mesmo num
Lugar de choros, de despedidas?
Lugar de colocar o último ponto final
Lugar de despedir-se de uma vida.

Lugar onde as nuvens e os olhos
carregados deságuam
Lá, mais que os olhos choram
Lá, chove uma chuva copiosa
Sempre rala, apesar de abundante.

Lá, para mim, sempre lugar de uma funda tristeza.
Mas ontem, não.
Ontem, fiz do lugar do fim uma ponte...
Ontem, senti-me livre no lugar do fim
E desconfio: senti-me feliz ali.

Não havia tristeza nem choro
A chuva persistia. Abundante, vigorosa.
Exigia abraços, aproximações
Embaixo do mesmo guarda-chuva.

Uma primeira emoção.
A emoção do reencontro,
mas no depois
Só uma entrega boa e plena.

Depois, só um exercício bonito
De escolher das flores, as mais coloridas
Eleger guardião, assinar contrato
Burocratizar um só ato.

E o ato era somente
Arrumar o chão,
não porque nele ainda houvesse
o amor, a entrega, a história.
Nada havia, eu sabia, naquele chão.

Mas é que a alma (ou a mente?)
Precisa do palpável, do concreto
Ali, era só um lugar onde é possível tocar o chão.

A consciência alegre
desde o primeiro pisar brotou!
Era preciso pisar naquele chão
Era preciso voltar, sem tristeza
Era preciso cuidar do chão.

Porque ali estavam minhas raízes
Porque ali, ainda, que só simbolicamente
Vivem eternamente os meus.
E eu, tão cética, precisava
Iluminá-los com flores, adorná-los com cores.

Para que eles, onde quer que estivessem,
Ali, aqui (sempre aqui) ou lá
Tivessem a certeza
Que em mim moram,
porque me impregnaram
Com suas histórias, com seus atos, suas memórias.

Porque em mim, plantaram,
como eu ontem tentara também plantar,
Um gosto da festa dele,
assomado a garantia de que nada faltaria dela
Um abraço fácil e corriqueiro dele,
com um amor profundo, escondido no olhar e na escuta dela.
Uma graça brincante vadia dele
Uma consciência séria de irmanar-se com toda a humanidade dela.

Era só um desejo imenso
De reconhecer, agradecer, destacar
Era só a profunda certeza
De que o amor não se apaga
O amor é eterno
Mas precisa sempre de que se reguem as flores
Acendam-se nomes e datas
Adornem-se as lápides
Agradeçam-se aos amores!