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terça-feira, 29 de março de 2011

Mulheres de Muitas Faces

Mulher hoje em dia
Faz coisa como o quê:
Toca trombeta, dirige caminhão,
E algumas ainda cozinham
Arroz com feijão.

Uma requebra a cintura a mil
E alisa o cabelo bombril.
Tira a roupa na revista
Frisa o cabelo e fica ex-lisa.

Outra brinca com os filhos na esteira
E ainda faz amor a noite inteira
Lê Sabrina, se derrete de amor;
Lê Marx, se aquece de luta e vigor.

Tem aquela que vai à missa
Faz trezena de Antônio, reza com fervor
O que ela quer é arranjar
Um Provedor.

Também tem das que não perde uma função
Recebe entidade
e despacha na encruzilhada.
Nem todo homem “guenta” a porrada.

Uma outra trabalha o dia inteiro,
Ela nunca pára e ainda estuda
Nem no telefone, fica muda.

Aquela ali assiste a novela
Adora o galã que entrega flores
E faz versos de apaixonado
Mas, em noites insones,
Se retorce na cama de coração quente
É com o vilão que ela sonha indecente

Essa daqui faz dieta, quer emagrecer
Mas depois do amor
Tem que comer.
Comer qualquer coisa
Sem restrição
Valor calórico? Não olha, não.

Já a vizinha faz horas de malhação, Chocolate, uma tentação!
Nem liga pra celulite, todo mundo tem
Do corpo perfeito não é refém.

A do bairro de lá
ora se veste bem moderninha
Decote em V, seios a mostra e Mini-saia de couro compõem seu modelito
É Mulher liberada.

A do bairro daqui
Ora é super-básica.
Calça jeans e camiseta
É o que gosta para sair
A ditadura da moda,
Não vai seguir.

A da capital
Corta o cabelo igual ao da atriz,
Mais se aproxima da meretriz.
Nem liga pra estética, vale o interior?!?
Mas se não se cuidar não arranja nem gigolô.

A do interior
Discute com o chefe,
Não aceita o Assédio Moral
E muito menos o Sexual!
Entra na justiça
E ganha uma grana maciça.

A menina ali é mãe angelical
Ela é chefe da multinacional
Manda em todo mundo de um jeito ou de outro.
De tailher Chanel ou de avental
Faz lavagem do beco virar Carnaval.

Então paira no ar
A dúvida homérica de nossos dias:
O que será a mulher neste mundo confuso, cheio de possibilidades?
Finalmente, ela virou pluralidade...


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