AS (antes-scriptum): Tenho elencado as coisas boas que Porto Alegre colocou em minha bagagem. Certamente, isso se transformará em texto. Todavia, já adianto uma coisinha: as atividades paralelas promovidas na Feira do Livro. Na semana passada, fiz uma oficina, chamada SOLTANDO A LÍNGUA, com o escritor pernambucano Mercelino Freire (outro texto relato para produzir). Muito bom. Maravilhoso mesmo. Dentre as mil viagens e maluquices que ele nos ofertou como provocação, veio essa. Pediu que dissessémos uma palavra que achávamos bela e a partir dela torceu de nós um texto. Um texto que revelasse nosso olhar singular sobre o que todo mundo vê no mundo. Amo a palavra ALUMBRAMENTO, conhecida por mim, ao ler EVOCAÇÃO AO RECIFE, de Manuel Bandeira (http://www.casadobruxo.com.br/poesia/m/evocacao.htm) e a escolhi... Desse encontro, entre as minhas maluquices e as de Marcelino Freire, saíram minhas imagens de alumbramento. Sirvam-se!
ALUMBRAMENTO 1 (DA AUSÊNCIA)
- Acho que nunca o vi...
ALUMBRAMENTO 2 (DA MEMÓRIA)
- Vestida de rumbeira, meus pais me puxavam pela mão. A frente, um céu de azul intenso E um mar de gente preta a dançar como se aquele fosse o último dia de toda existência.
AULMBRAMENTO 3 (DO NASCIMENTO)
- Na madrugada, da bolsa partida, irrompia a vida.
ALUMBRAMENTO 4 (DA APRENDIZAGEM?)
- Jamais vi Pôr-do-sol Corpo humano Nascimento Mais alumbramento Do que aquele... Plantado em mim por Bandeira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário